31 de janeiro de 2011

Sabia que...?

A propósito de profusas e recentes notícias, e das regras do novo acordo ortográfico, ouvi o seguinte esclarecimento: a palavra "Egito" escreve-se sem a letra "p", porque a mesma não se pronuncia; e a palavra "Egípcio" escreve-se com "p", pela razão oposta.

Pela mesma ordem de ideias, pergunto: porque razão pronunciamos "facto" e teremos de passar a escrever "fato"? *

Como diria uma brilhante blogger da nossa praça, "não sei se havia necessidade"...

*(para o esclarecimento desta questão vide comentário da deep, a quem agradeço!)
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25 de janeiro de 2011

Burro-de-carga...

Há pessoas com gostos ecléticos, e eu, definitivamente, incluo-me nesse grupo. No que toca a interesses musicais, a regra mantém-se. Para espanto de alguns, e nem tanto de outros, sempre gostei muito dos Rolling Stones. Não me lembro que idade teria quando os ouvi pela primeira vez, mas lembro-me de os trautear quando ainda não sabia uma palavra de Inglês e a coisa saía mais ou menos assim: ‘ai quén guéééé nou/ sétisfécshannnn…/ ai quén gué nou…’.  Claro está que eu não imaginava que me queixava sem qualquer razão. Mas, verdade seja dita, nessa idade eu era inimputável. Uns anos depois, por altura da adolescência, quando as letras das músicas se tornam um imperativo, descobri, graças ao grupo, uma expressão que julgava exclusivamente portuguesa, a saber: “burro-de-carga”. Isto porque, reza a música: “I’ll never be your beast of burden…”. Sempre que ouço a canção, lembro-me invariavelmente do episódio e da consciência crescente, que chega por essa altura da vida, de que o combate à própria ignorância se pode fazer de múltiplas formas. E ainda que a tarefa jamais se conclua, vale sempre a pena persistir nela (mesmo que a expensas de gostos musicais duvidosos…).


(The Rolling Stones, 'Beast of Burden' In Álbum Some Girls, 1978)

20 de janeiro de 2011

Do sentido da vida...

Mais tarde, reviu a sua opinião a respeito do pai. (...) Walden admitia que herdara alguns dos valores dele: o amor pelo conhecimento, o racionalismo e a crença de que o trabalho é a justificação para se existir.*

Será?

*(In 'O Homem de Sampetersburgo' de Ken Follett, ed. Bertrand, 2009)
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14 de janeiro de 2011

Prece a Afonso Henriques

(que bem precisamo dela)

Pai, foste cavaleiro.
Hoje a vigília é nossa.
Dá-nos o exemplo inteiro.
e a tua inteira força!

(Fernando Pessoa, Mensagem, Ed. Centro Atlântico, 2010)
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4 de janeiro de 2011

Perspectiva...

Neste mundo
Por cima do Inferno
Contemplo as flores

(Issa Kobayashi, Primeira Neve, 1763-1827)
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2 de janeiro de 2011

Votos para 2011





An "Endless Summer"

(Tony Ruggiero, 2008)